quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Saudade

E de repente a saudade veio. Saudade de quem está perto, coisa estranha. Meu coração se rendeu a essa breve ausência e pôs-se a chorar. Não veio tristeza, apenas uma pontinha de insegurança. E também um desalento frouxo, uma raiva passageira. Uma querência, uma sede de você. Fiquei comovida com o choro sutil, mas engasgado. Tanto quanto a vontade de gritar baixinho aos seus ouvidos: 'te quero só pra mim'. É uma vontade mútua, eu sei. A convicção, porém, só virá em forma de convite. Que já sou sua, não é nenhum segredo mais. Estou presa a seus braços, seu coração, sua alma. Nos falta somente pedido e aceitação. Só assim poderei abraçar-lhe e juntar-me de uma só vez a você. Juntar e formar um só. Nós um...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Prazeres da vida

Amar. Dias de sol. Dormir com chuva. Troca de olhares. Flertar. Receber uma carta. Escrever uma. Contar uma história divertida da infância. Relembrar momentos. Dançar só na frente do espelho. Gritar o mais alto que puder. Ouvir a música certa no momento certo. Viajar. Conhecer pessoas diferentes. Contabilizar as amizades. Abraçar. Receber cafuné. Ganhar beijo de repente. Carinho quente. Sentir aroma nostálgico. Tomar banho de chuva. Observar o pôr-do-sol. Admirar a lua. Cheiro de mato. Ser lembrado pelo suor do seu esforço. Conquistar. Provar invencibilidade. Chorar. Rir até doer a barriga. Andar de bicicleta. Sonhar. Observar as pessoas. Dormir bem depois de uma noitada. Chocolate. Frio e companhia. Filme com os amigos. Beber e esquecer da vida. As vitórias. Primeiro salário. Festas inesquecíveis. Encontrar a pessoa especial. Observar o tempo passar. Dormir na rede. Praia e sol. Sorrir de besteiras. Arrancar uma boa gargalhada. Almoço em família. Aniversário. Ganhar presente marcante. Presentear. Banhos de uma hora. Cantar no chuveiro. A última página de um livro. Escrever. Primeiro dia de férias. Encontro de olhares. Barriga cheia. Sobremesa. Comida de vó. Tardes de verão sem fim. Cheiro de roupa nova. Perfumes marcantes. Espirrar. Voz e violão. Luau. Show acústico. Teatro. Pipoca e guaraná. Cineminha a dois. Massagem. Mordida. Troca de arrepios. Sexo. Surpresa boa. Conversas intermináveis. Silêncios confortáveis. Juras de amor ao pé do ouvido. Apaixonar-se. Amar

domingo, 24 de julho de 2011

"And I'll send all my loving to you..."

É insuportável ter que temer tudo mais uma vez. Começar e não saber onde vai terminar. Ou se vai mesmo continuar... Essa incessante dúvida de permanecer num início, num permanecer de encontros, ou até mesmo no inevitável fim. Eu não quero, sinto que você também não. Sinto que uma sintonia paira entre nós. Você fincou uma marca permanente em mim. Uma marca duradoura e infinita. E junto trouxe uma das melhores sensações da minha vida! Coisa incrível o que se passou por entre a gente durante aquele encontro de almas. É daquele tipo de momento inexplicável. Imposssível narrar cada segundo e ser fiel ao real. Foram tantas coisas boas unidas num beijo. Cada tocar de lábios e aquela vontade linda de se entregar. Sorrisos trocados por pensamentos bobos que vieram a escapar. Um brilho nos pares dos nossos olhos que fizeram-se um. A lágrima que quase ousou cair no meu rosto naquele instante. Tanta emoção tomou conta do meu ser que não sei como coube tudo dentro de mim. Os abraços que pareciam intermináveis de tão confortantes que eram. Parece que a gente se encaixa perfeitamente. Agora sinto que é do seu abraço que eu precisava há muito tempo. Não quero me soltar tão cedo de você. Talvez não nessa vida, sabe. E aí fico dizendo palavras meio soltas por não saber organizar as ideias na cabeça. Você mexeu muito comigo, é isso. Daí não consigo nem desembaralhar a fala, a escrita. Estou ainda voando em pensamentos aqui. Pisando em nuvens. Muito incrível isso, moço. Nunca se passou tamanho prazer, afeto, carinho - ou seja lá o que "isso" é - no meu coraçãozinho em tão pouco tempo. É como se já estivéssemos sidos moldados um para o outro. É meio que aquela história de encontro de outras vidas, alma gêmea, algo assim. Não consigo descobrir o que é. Sou meio desacreditada com essas histórias de amores premeditados. Pra mim isso é coisa de novela, filme e olhe lá. É surreal. Talvez exista, talvez não. É que sou daquelas pessoas empíricas, só acredito na verdade sobre os meus olhos. Dessa vez, porém, estou em dúvida das minhas convicções. Tenho esperança demais nos outros e de menos em mim. Não sei se sou capaz de superar expectativas alheias ou até as minhas próprias. Estou com medo, admito! Apenas peço-lhe que me faça compreender melhor o que está se passando. Peço-lhe que seja claro. Porque se você não é a minha alma gêmea, por favor me explique o que foi aquilo! Ainda estou tentando decifrar...